quarta-feira, 11 de fevereiro de 2009

Fisicos - Biografias



Lorde Kelvin ( 1824 - 1907)








Físico escocês de origem irlandesa (26/6/1824-17/12/1907), criador da escala de temperaturas absolutas Kelvin. O nome deriva de seu título de barão Kelvin of Largs, outorgado pelo governo britânico em homenagem a sua descoberta, em 1892.
Nasce em Belfast, na Irlanda do Norte, filho de um matemático. Criado em Glasgow, na Escócia, inicia-se nos estudos superiores na universidade local, na qual o pai leciona. Forma-se em Cambridge e dedica-se à ciência experimental.
Em 1832 descobre que a descompressão dos gases provoca esfriamento, e cria a escala de temperaturas absolutas, cujo valor da temperatura em graus equivale ao grau Celsius mais 273,16. Trabalha como professor em Glasgow entre 1846 e 1899. Interessado no aperfeiçoamento da física instrumental, projeta e desenvolve vários equipamentos, entre eles um aparelho usado na primeira transmissão telegráfica por cabo submarino transatlântico.
Com a participação no projeto de transmissão telegráfica por cabo, acumula grande fortuna pessoal. Em 1852 observa o que hoje se chama de efeito Joule-Thomson: a redução da temperatura de um gás em expansão no vácuo.
As propriedades do calor foram um dos temas preferidos de Kelvin. Analisou com mais profundidade as descobertas de Jacques Charles sobre a variação de volume dos gases em função da variação de temperatura. Charles concluíra, com base em experimentos e cálculos, que à temperatura de -273'C todos os gases teriam volume igual a zero. Kelvin propôs outra conclusão: não era o volume da matéria que se anularia nessa temperatura, mas sim a energia cinética de suas moléculas. Sugeriu então que essa temperatura deveria ser considerada a mais baixa possível e chamou-a de zero absoluto. A partir dela, propôs uma nova escala termométrica (que posteriormente recebeu o nome de escala Kelvin), a qual permitiria maior simplicidade para a expressão matemática das relações entre grandezas termodinâmicas.
Em 1851 apresentou um trabalho sobre a teoria dinâmica do calor. Esta reconciliava os estudos de Sadi Carnot com as conclusões de Rumford, Davy, Mayer e Joule. Neste trabalho foi, pela primeira vez, estabelecido o princípio da dissipação da energia, posteriormente sumarizado no segundo princípio da termodinâmica.

Kelvin, porém, não se limitava a formular teorias sobre os princípios gerais da física, mas as experimentava tenazmente, usando engenhosos aparelhos por ele mesmo inventados.
Na época de sua juventude, o estudo da eletricidade e, em particular, a teoria matemática da eletrostática estavam apenas esboçados e ainda imprecisos. A contribuição de Kelvin nestas áreas foi notável. Encontrou meios de medir tensões e correntes nas condições as mais diversas. Construiu delicados instrumentos capazes de verificar as leis da eletrostática. Em 1853, formulou a teoria dos circuitos oscilantes e conseguiu comprová-la com seu aparelhamento de concepção verdadeiramente moderna. Por fim, sugeriu um processo para a medição da força eletromotriz e da resistência ôhmica (1861) e construiu um eletrômetro, com o qual era possível determinar, com exatidão, a constante que relaciona a unidade eletromagnética e a unidade eletrostática de intensidade de corrente (1867).
Deixando mais de trezentos trabalhos publicados, o infatigável cientista morreu no dia 17 de dezembro de 1907, em Netherall, na mesma Escócia da qual haviam emigrado os seus antepassados. Seu sepultamento deu-se, com todas as honras, na Abadia de Westminster. Com ele, desaparecia o tipo de físico e engenheiro que havia simbolizado o século XIX e que representava o espírito otimista e empreendedor daquela época.

Nenhum comentário:

Postar um comentário